quarta-feira, 15 de julho de 2015

Sussurros do Coração - 20 anos




Hoje é um dia muito especial para mim. Hoje é o dia que um certo filme está completando 20 anos. O nome deste filme é Sussurros do Coração, ou Whisper of the Heart, se preferir em inglês, ou Mimi o sumaseba, para quem gosta de chamar pelo nome original em japonês.

Produzido pelo Studio Ghibli e dirigido pelo saudoso Yoshifumi Kondō, com roteiro de Hayao Miyazaki, a animação nos leva pela vida de Shizuku, uma garota de 14 anos que vive o dia-a-dia sem preocupações, que gosta muito de ler livros, de escrever poesias e de traduzir músicas. Sua vida muda quando ela conhece Amasawa Seiji, um garoto que sonha em ser artesão de violinos e já treina para fazê-lo. Ao encontrá-lo, Shizuku começa a pensar em coisas a respeito de seu futuro que não haviam pairado em sua mente antes e então sua vida dá uma guinada para tomar um rumo diferente. Devo dizer que não é apenas a vida dela que muda, mas também a de quem assiste a essa obra com o coração aberto.

À primeira vista o filme pode se parecer um simples romance, mas na verdade ele trata da busca pela inspiração e pela criatividade, dos anseios de uma garota em expressar seus sentimentos e sua arte através da escrita e de como o processo para se alcançar isso é longo e árduo. Então deixe que eu me expresse a respeito dessa obra pela qual sinto extremo afeto e admiração em um dos artigos mais pessoais que já escrevi.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Divertida Mente



Ontem, dia 16 de junho de 2015, aconteceu uma pré-estreia da animação Divertida Mente, da Pixar, exibida junto de um documentário que mostrava os bastidores da empresa e a maneira como tudo funcionava lá dentro. É bem interessante, diga-se de passagem. Mas enfim - como bons apreciadores de animações, os redatores Granatto e vini64 do Goomba Reviews não poderiam deixar de ir neste evento tão importante, que por sinal era a única chance de assistir à produção com o áudio original em inglês e legendado, tendo em vista que animações raramente são exibidas sem ser em “dublado” no Brasil, afinal, de acordo com a concepção popular, são filminhos de criança. As dublagens dos filmes do estúdio geralmente são muito boas, mas pelo trabalho de voz que nos mostraram deste filme, com um elenco composto apenas por atores Globais que não tem experiência alguma com dublagem, dá pra perceber que coisa boa é que não vai sair. Mas deixando isso de lado, confira a visão dos dois redatores a respeito do mais recente triunfo da Pixar.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Marco (Dos Apeninos aos Andes)


Quando comecei a me fascinar pelos trabalhos do Studio Ghibli, os filmes do Hayao Miyazaki foram muito mais marcantes para mim do que os de Isao Takahata – exceto Túmulo dos Vagalumes, o qual quem assistiu sabe literalmente o que é uma cachoeira de lágrimas. Apesar das animações de Miyazaki já serem muito diferentes do padrão ocidental, as de Takahata fogem mais ainda desse padrão. Praticamente todos seus trabalhos contém absolutamente nenhum conteúdo de fantasia, com uma temática completamente mundana e realista. Isso é algo inexistente em produções animadas do Ocidente e extremamente raro no Oriente nos dias de hoje. Mas a minha visão a respeito desse tipo de animação e de Takahata mudou completamente ao assistir sua primeira série, Heidi (confira meu artigo). Nunca imaginei que existisse uma animação cuja história fosse movida unicamente pelos sentimentos dos personagens, uma animação onde você cria um vínculo emocional com o personagem (que não é mais visto como um personagem e sim como uma pessoa que é parte de você) ao ponto de compartilhar cada lágrima de tristeza e felicidade com ele. Foi então que finalmente percebi a genialidade de Isao Takahata, o que me levou a assistir outra obra sua.

Marco (conhecida em inglês como 3000 Leagues in Search of Mother) é a segunda série de Takahata para o World Masterpiece Theater, um grande marco da televisão japonesa onde a cada ano era feita uma adaptação em animação de um clássico da literatura infantil ocidental. Depois do sucesso que foi Heidi em 1974, o diretor voltou com a mesma equipe de produção (Miyazaki como designer de cenários e layouts e Yoichi Kotabe como character designer e animador chave) em 1976 e adaptou uma pequena parte do romance italiano Cuore de Edmondo de Amicis, expandindo-a grandiosamente em uma narrativa de 52 episódios.

A série foi exibida no Brasil no final da década de 70, no programa Domingo no Parque do Silvio Santos na TVS, que hoje é
 a SBT. Sendo reprisada pela última vez no comecinho dos anos 80, Marco fez bastante sucesso na época e marcou a infância de muitas pessoas, como podemos ver nos comentários emocionantes desse artigo. Infelizmente, pelo fato da última reprise ter sido nos anos 80, qualquer conteúdo em português brasileiro da série é inexistente. Acredito que tanto Marco quanto Heidi nunca mais foram reprisadas pelo fato de serem completamente fora do paradigma ocidental das séries animadas, afinal acredita-se que esse tipo de entretenimento é voltado exclusivamente para crianças e estas não querem saber de emoções e sentimentos nem de uma série que retrata a realidade.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Goomba Reviews no Oscar


O Goomba Reviews não poderia ficar de fora da maior premiação da indústria cinematográfica, não é mesmo? É por esse motivo que dois dos nossos redatores decidiram trazer até vocês suas opiniões a respeito do Oscar 2015 e, claro, sobre o ganhador do prêmio de Melhor Filme.


domingo, 15 de fevereiro de 2015

Future Boy Conan


Quando você fica fascinado pelo trabalho de um diretor, não basta apenas ver os filmes que dirigiu, deve-se procurar assistir todo o trabalho diretorial deste, o que pode incluir séries, clipes musicais, comerciais de TV, etc. No caso de Hayao Miyazaki, não foi apenas seu estilo de direção que me fascinou, mas principalmente a beleza encontrada em suas animações que transpiram vida e os temas que aborda em praticamente todas elas, sempre procurando passar mensagens humanistas e ambientalistas. Foi isso o que me levou a assistir Heidi, obra de Isao Takahata em que ele trabalhou como designer de cenários (confira meu artigo), e agora Future Boy Conan, adaptação de 1978 do livro The Incredible Tide do escritor britânico Alexander Key. Este é o seu primeiro trabalho diretorial e a única série em que foi tanto diretor como escritor e character designer.

domingo, 25 de janeiro de 2015

Heidi, A Garota dos Alpes


Eu não sou uma pessoa que costuma assistir muitas séries, mas quando esta envolve os fundadores do Studio Ghibli Isao Takahata e Hayao Miyazaki, sendo considerada a obra que os perm
itiu terem uma carreira bem sucedida, não tenho como deixar de conferir, não é mesmo?

Durante os anos 70 e até os anos 90, diversos clássicos da literatura mundial foram adaptados em animes no Japão em uma série chamada World Masterpiece Theater. A cada ano era exibida uma série na televisão do país e em 1974 foi a vez de Takahata ingressar a sua neste grande marco da animação japonesa.