sábado, 22 de dezembro de 2018

Super Smash Bros. Ultimate


O Nintendo Switch está sendo o verdadeiro console do hype, visto que alguns de seus lançamentos me deixam atipicamente ansioso. O último console com o qual fiquei eufórico por certos jogos foi o Wii, há mais de 8 anos. Mas ano passado eu experienciei uma dolorosa espera pelo Super Mario Odyssey. Contava os dias para o seu lançamento e não parava de assistir incessantemente os mesmos vídeos.

Esse ano a história se repetiu, dessa vez com Super Smash Bros. Ultimate. Cara, eu perdi as contas de quantas vezes sonhei com esse jogo. Metade dos meus pensamentos desde o seu anúncio se reservavam a ele. Um anseio desmedido por novas informações, por novos Nintendo Directs com revelações de personagens, por qualquer coisa. Apesar do tempo de espera dele ter sido curto se comparado com as entradas anteriores da franquia (apenas 6 meses), o dia 7 de dezembro nunca pareceu tão longe.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Musaigen no Phantom World


O estúdio Kyoto Animation é um dos mais populares do mundo dos animes. Desde que estourou com o sucesso de séries como The Melancholy of Haruhi Suzumiya, Lucky Star e K-ON!, seus novos trabalhos anuais são aguardados por uma legião de fãs. A popularidade do estúdio se deve à consistência de suas obras, como o visual estonteante, personagens fofas e temas que revolvem o dia-a-dia de nossas vidas.

Mas existe outro elemento recorrente em seus trabalhos, um que não me orgulha quando digo que sou fã do estúdio: o fanservice. As suas personagens fofas também são atraentes em diversos casos e eles sabem como capitalizar em cima disso. Em algumas séries o fanservice é quase inexistente, em outras chega até a ser distrativo de tão frequente, mas nenhuma delas se compara ao primeiro anime de 2016 do estúdio quando o assunto é esse.


sábado, 27 de outubro de 2018

31 Minutos


Uma boa parcela da infância de nós da geração Z se passou diante de uma televisão. Os programas Bom Dia Companhia, TV Globinho e a programação inteira da TV Cultura eram pratos cheios para as crianças. Nos canais pagos, tínhamos o Cartoon Network, a Nickelodeon e a Fox Kids. Eu era uma criança desprovida de cultura, pois raramente chegava perto da TV Cultura, inclusive nunca gostei de Castelo Ratimbum. Também assistia pouco a Globo e o SBT, pois meus pais pagavam TV a cabo.

Meus amigos sabem como eu adoro me tornar fã assíduo de algo – meu texto recente sobre Super Mario é um exemplo, assim como a minha adoração pelo estúdio Kyoto Animation do qual venho escrevendo textos sobre todos os seus trabalhos desde o ano passado. Essa minha mentalidade pode ser traçada desde a infância, pois o canal que eu amava assistir era a Nickelodeon. Também assistia um pouco ao Cartoon, mas ao acordar ou chegar da escola, eu ligava a TV direto na Nick.

sábado, 20 de outubro de 2018

DISSECTING SCENES - The perfect filler (Beyond the Boundary, Ep. 6)


There’s a word that’s brought up frequently in anime or TV series discussions: filler. Usually used with a negative connotation, what is exactly a filler? There are two definitions. The first, considered its origin, refers to episodes or events in a book or manga adaptation that are not featured in the original work, such as fights absent from the manga of a shounen anime. Some fans take that definition as the only valid one.

The second definition considers a filler every dispensable events that adds nothing to the story, episodes that you can skip and it won’t make any difference. Those are extremely common in shounen series with more than 100 episodes, such as Dragon Ball, Bleach and Naruto, to name a few. The episode I’ll be analysing fits that description.

DISSECANDO CENAS - O filler perfeito (Kyoukai no Kanata, Ep. 6)


Tá aí uma palavra que nos deparamos com frequência em discussões de séries ou animes: filler. Usada majoritariamente com conotações negativas, o que exatamente é um filler? Sua tradução literal é "enchimento" e suas origens se dão de diversas mídias, como música, computação e transmissões televisivas, mas o tipo de filler que quero tratar especificamente nesse texto é o de séries de TV e animes.

Existem dois significados à palavra. O primeiro, considerado sua origem, se refere aos episódios ou eventos inseridos em uma adaptação de um livro ou mangá que não se encontram na obra original, como quando incluem lutas ausentes no mangá em um anime shounen. Alguns fãs levam à risca essa definição como a única válida.

O segundo significado considera filler todos os eventos ou episódios dispensáveis que não agregam nada à história da obra, os quais você pode até pular porque não fará diferença alguma no desenrolar da narrativa, algo extremamente comum de se encontrar nesses shounens com mais de 100 episódios tipo Dragon Ball, Bleach e Naruto. O episódio tópico dessa análise se encaixa nessa definição.

domingo, 14 de outubro de 2018

A Super influência de Mario em minha vida


Ontem, 12 de outubro de 2018, foi o Dia das Crianças. Aos 22 anos, já não faz mais sentido receber presentes neste dia. Ainda assim, ontem recebi um presente, na Brasil Game Show. Não foi apenas um simples presente, foi possivelmente o melhor que já recebi na vida no Dia das Crianças. Eu conheci o Charles Martinet, dublador do Mario, e ganhei um autógrafo seu. Me emocionei. Quase chorei. Só não chorei porque tenho vergonha de fazê-lo em público. Minha timidez é mais forte que minhas emoções, infelizmente.

Eu levei dois jogos para ele autografar e queria pedir para que mandasse uma mensagem ao meu melhor amigo, mas a fila estava gigantesca, então ele só poderia autografar um dos jogos e nada de mensagens. Os jogos eram Super Mario 64 e Super Mario Galaxy 2. A decisão de qual deles escolher não foi nada difícil – meti o Galaxy 2 na mochila e continuei com o Mario 64 na mão.

Com esse autógrafo, meu cartucho é mais valioso do que se fosse de ouro <3

sábado, 6 de outubro de 2018

Hanebado!


Chegamos em outubro, o mês que diversos desenhistas espalhados pela internet usam para postar desenhos diariamente como parte do inktober. Ano passado eu fiz algo similar em que decidi escrever um texto por semana ao longo do mês, apesar de que dei uma trapaceada ao postar um texto arquivado de 2011 e outro em novembro. Mas esse ano é pra valer, eu juro! Vamos ao tópico do primeiro texto então!

Eu não sou muito chegado em animes de esporte, mas um dos que decidi assistir dessa "temporada de verão" é desse gênero, chamado Hanebado!. Não sei ao certo o que me levou a assisti-lo, mas acredito que foi o fato de ser sobre badminton, um esporte pouco comum de se ver séries a seu respeito. Como é similar a tênis, um esporte que eu gosto, decidi dar uma chance ao anime.

domingo, 30 de setembro de 2018

Kanon (2006)


Há alguns meses eu escrevi uma análise de Air, um dos primeiros animes da Kyoto Animation e a primeira adaptação de uma visual novel da empresa Key feita pelo estúdio. Este se mostrou o trabalho mais fraco deles em minha opinião, então esperei um pouco para seguir em frente com seu sucessor.

Mas agora chegou a hora de avaliar Kanon, um anime de 2006 repleto de similaridades com o seu antecessor. Será que os erros anteriores que me impediram de apreciar a série foram fixados ou mantidos?

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Super Smash Bros.: uma coleção de memórias

Há 10 anos, o terceiro jogo da famosa franquia de luta da Nintendo foi lançado para o Nintendo Wii, Super Smash Bros. Brawl. Talvez tenha sido o jogo que mais antecipei em minha vida. Meu hype é algo que jamais esquecerei. Nenhuma campanha pré-lançamento de vídeo-game foi tão marcante quanto a do Brawl, tudo graças a um sitezinho chamado Smash Bros. DOJO!!.


Nele eram feitos updates DIÁRIOS com todo tipo de informação do jogo, desde itens, fases, modos, músicas e claro, os personagens, os quais eram os updates mais aguardados. Era um ritual acessar esse site toda manhã e se surpreender com qualquer coisa que mostravam. Quando anunciaram o Sonic de personagem jogável então? Fiquei maluco, até porque na época eu era fã do personagem.

O trailer dele usava Live & Learn, uma música que eu amava na época.

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Free! Iwatobi Swim Club


Praticamente todos os trabalhos da Kyoto Animation são protagonizados por garotas fofas, com elencos compostos majoritariamente por personagens do sexo feminino. Porém, existe uma exceção, o oposto exato disso que descrevi. Um anime com protagonistas tão atraentes que as primeiras sugestões que o Google te dá ao pesquisar o nome de qualquer um são fanfics amorosas deles com a pessoa que está lendo.

Estou falando de Free!, o anime perfeito para você que está sedento(a) por ver garotos com corpos definidos se esbaldando em piscinas, mares e banheiras, seja em competições acirradas ou apenas para dar aquela molhadinha nos músculos e relaxar a cabeça. Ah, também tem conflitos dramáticos a beça entre eles, caso você se interesse por isso e não os veja apenas como objetos de desejo. Vamos conhecer esses rapazes então?

OBS: Essa análise cobre as duas primeiras temporadas do anime, Free! Iwatobi Swim Club e Free! Eternal Summer.

sábado, 4 de agosto de 2018

Animal Crossing: uma experiência inolvidável


Primeiramente, gostaria de pontuar que isso não é um review, uma análise ou qualquer artigo de opinião. É apenas um relato afetuoso de um rapaz sobre suas memórias passadas.

Hoje, 3 de agosto de 2018, está um dia frio e chuvoso. Eu adoro dias assim. Estou aconchegado de baixo de minhas cobertas enquanto escrevo esse parágrafo. É uma sensação deliciosa de conforto. Essa sensação me remete a uma década atrás, a um jogo que guardo algumas das minhas memórias mais afetivas, chamado Animal Crossing, de Nintendo GameCube. Quando ouço essa chuva leve caindo num dia nublado, fica difícil de não lembrar dessa marcante música que tocava sempre que chovia no jogo:


terça-feira, 31 de julho de 2018

Chuunibyou demo Koi ga Shitai: Take on Me


Chuunibyou demo Koi ga Shitai é um anime que guardo com carinho no coração, pois foi ele que me introduziu ao trabalho da Kyoto Animation, estúdio que viria a se tornar o meu segundo favorito e que conta com obras que tiveram grande impacto na minha vida. Quando descobri que fariam um filme, fiquei empolgadíssimo, pois eu adoro tanto esse universo que qualquer conteúdo novo me deixaria feliz.

Mas não é apenas qualquer conteúdo novo. Take on Me é uma fantástica conclusão à toda a série que....aaaaaa, calma aí que eu já tô escrevendo a conclusão na introdução. Mas é que eu adorei tanto esse filme que não tô conseguindo me conter. Ok, vamos por partes. A ordem lógica é começar pela história, né? Então vamos lá.


domingo, 22 de julho de 2018

Initial D


Eu tenho um gosto eclético quando o assunto é animes. Claro, tenho minha preferência de estilos, mas tento assistir de tudo um pouco, embora não seja um destes que assiste todos os animes que lançam nas temporadas, independente do gênero (ainda bem). Às vezes meus amigos acham que eu só assisto animes fofinhos good vibes, porém cá estou eu, escrevendo sobre uma série de marmanjos apostando corridas de rua.

Não há nada que capture meu interesse mais do que música e foi exatamente isso que me levou a assistir todos os 80 episódios de Initial D, o anime conhecido mundialmente por suas cenas com carros fazendo drift ao som dançante de eurobeat. Por conta disso, essa análise engloba todas as temporadas e o filme da série, desde a First Stage de 1998 até a Final Stage de 2014.

domingo, 8 de julho de 2018

Hinamatsuri


Sabe quando você olha a capa de um anime e se interessa por ele, daí decide ler a sinopse para entender mais a seu respeito? Normal, né? Mas e quando essa descrição ainda parece vaga e não te revela muito sobre a obra? Tudo o que resta é assistir o primeiro episódio e entender qual é a do anime.

Foi isso o que fiz com Hinamatsuri, anime que estreou em abril deste ano. Mas para a minha surpresa, o primeiro episódio foi totalmente contra as minhas expectativas ao ver a capa e ler a sinopse. Eu imaginei que seria um slice of life com tema festivo, mas fui recebido por uma garota alienígena, dentro de um ovo, chegando ao apartamento de um homem da Yakuza. Isso que eu chamo de primeiras impressões impactantes! Mas o anime conseguiu manter o impacto ao longo de sua duração?

segunda-feira, 2 de julho de 2018

Sakura Card Captors: Clear Card Arc



Ano passado, eu assisti pela primeira vez o anime favorito de muitos brasileiros da geração Z durante a infância, o famoso Sakura Card Captors. O resultado não poderia ser outro: me apaixonei à primeira vista, se tornou um de meus animes prediletos e não parei de falar a respeito dele durante um bom tempo. Minha análise a seu respeito é uma das que mais utilizei palavras de amor e gratidão.

Ainda em 2017, foi anunciado que a obra ganharia uma sequência no ano seguinte, 20 anos após sua estreia em 1998. Você imagina a minha reação ao saber dessa notícia. Fiquei tão empolgado quanto com o lançamento de Super Mario Odyssey, ou seja, a um nível exorbitante, ainda mais ao ler que manteriam a equipe de produção do anime original. Pois bem, avançando a 2018, mês passado foi ao ar o último episódio de Sakura Card Captors: Clear Card Arc. A série viveu às altas expectativas?

sábado, 16 de junho de 2018

Amagi Brilliant Park


Por mais que grande parte dos animes da Kyoto Animation sejam do gênero slice of life, o estúdio trata de diversos temas distintos em seus trabalhos. Síndrome da 8ª série, a vida em um clube colegial de banda, como o bullying pode destruir vidas, a obsessão de garotas pela cultura otaku e a convivência com dragões disfarçados de humanos, só para citar alguns exemplos.

Mas o tema mais inusitado de qualquer um deles é o de gerenciamento de um parque de diversões. É disso que Amagi Brilliant Park se trata, produção de 2014 do estúdio. Esse é um de seus animes mais diferenciados, pois deixa de lado o estilo slice of life e opta por uma narrativa fantasiosa com elementos de aventura, mesclados com comédia e *ahem* fanservice. Mas será que esse parque conseguiu me divertir ou foi como uma fila gigante do Hopi Hari?


domingo, 27 de maio de 2018

DISSECTING SCENES – Pots, looks and regrets (Hibike! Euphonium 2, Ep. 10)


Today I’ll premiere a new column of the blog: Dissecting Scenes! As the name implies, I’ll be analyzing specific details and aspects of scenes in which the content is rich enough to render an individual text about it.

With this inaugural text, I’ll be talking about three interconnected moments of the 10th episode of the second season of one of my favorite anime ever, Hibike! Euphonium. Since they are VERY important to the story, spoiler alert. Without further ado, let's dissect!

DISSECANDO CENAS – Panelas, olhares e arrependimentos (Hibike! Euphonium 2, Ep. 10)


Chegou a hora de eu inaugurar uma nova coluna do blog: Dissecando Cenas! Como o nome indica, analisarei detalhes e aspectos específicos de determinadas cenas cujo conteúdo é o rico o suficiente para render um texto individual a respeito.

Com esse texto inaugural, abordarei três momentos interconectados do 10º episódio da 2ª temporada de um dos meus animes favoritos, Hibike! Euphonium. Como estes são muitíssimo importantes ao enredo da obra, fica o alerta de spoiler. Sem mais delongas, vamos dissecar!

quinta-feira, 10 de maio de 2018

Air


Durante seus primeiros anos de produção de séries, a Kyoto Animation se consagrou com adaptações de visual novels da empresa Key, com a mais conhecida dessas sendo Clannad, cuja 2ª temporada (After Story) é tida como um dos animes mais emocionantes de todos os tempos, mas essa aí foi a terceira adaptação do estúdio de um material da Key.

A primeira foi um anime chamado Air, de 2005. Não só é a primeira adaptação de uma visual novel do estúdio como também é um de seus primeiros animes produzidos. A KyoAni é conhecida por seu trabalho visual formidável de animação e direção, mas será que eles se destacavam nisso desde o início?

sábado, 5 de maio de 2018

Sora Yori mo Tooi Basho


Viajar é uma das melhores experiências que existem. Das últimas vezes que viajei, eu voltei para casa com o pensamento "é por isso que eu trabalho, para poder viajar". Mais fantástico ainda é quando se viaja com amigos. Não há nada mais gratificante do que descobrir novos lugares com amizades que você tanto preza. É uma sensação que vai muito além do que um bem material pode proporcionar, pois é algo que só pode ser experienciado uma única vez. As lembranças de uma viagem são umas das maiores fontes de felicidade que existem. Viajar é uma experiência transformadora.

Isso que, por enquanto, minha experiência se resume a viagens dentro do Brasil, porque foram os únicos lugares que visitei até então, mas imagina o peso de uma viagem para a Antártida? Pois é isso que Sora Yori mo Tooi Basho mostra: uma jornada ao lugar mais longe que o universo, como diz o nome em inglês do anime, A Place Further Than the Universe. Enquanto ainda era exibido (com apenas 4 episódios lançados), escrevi um texto sobre como a obra aborda aspirações, em que digo que o anime poderia se tornar um dos melhores do ano. Dito e feito.

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Mob Psycho 100


Em 2015, foi lançado um anime que chamou a atenção de todos, desde fãs dessa mídia até pessoas que não assistiam mais animes há anos, chamado One Punch Man, uma paródia às inúmeras animações de luta como Dragon Ball, Cavaleiros do Zodíaco e Yu Yu Hakusho, conhecidos como shounen. O anime fez sucesso por seu humor que tira sarro dos clichês do gênero com um personagem apelão que derrota todos seus inimigos com um soco só, enquanto ainda conta com um enredo característico de obras do estilo.

Seu êxito fez com que seu autor, ONE, viesse ao conhecimento público. Foi então que, em 2016, decidiram adaptar seu outro mangá em formato de animação. Apesar de não ter conseguido replicar o amplo sucesso de One Punch Man, Mob Psycho 100 foi um dos animes mais prestigiados de seu ano, graças a sua história que junta o sobrenatural com temas pessoais, lutas eletrizantes e visual estilosíssimo.

sexta-feira, 13 de abril de 2018

Lucky Star


Você se lembra do Orkut e do YouTube entre 2007 e 2012? Durante essa época os animes estavam bombando pra valer no Brasil, com diversas comunidades no Orkut e blogs sobre a cultura otaku, convenções começando a aparecer nas maiores cidades e vídeo-montagens que uniam jogos a animes estavam por todo o YouTube. Nessas comunidades e vídeos, era facílimo de se deparar com um anime em particular que era o símbolo dos otakus da época.

Sim, cá estou eu, em pleno 2018, escrevendo sobre Lucky Star, uma década depois de seu lançamento. Hoje em dia você não vê uma alma viva falando dele, mas seu sucesso na internet foi estrondoso. Imagino que muita gente daquela época tenha sido introduzida aos animes por meio desse. Grande parte do seu sucesso se deve ao fato de que seu conteúdo era inusitado para a época e retratava a vida de pessoas normais vivendo suas vidas normalmente, um estilo de anime que viria a se consagrar como "slice of life". Mas Lucky Star era ainda mais fácil de se identificar com o público da internet por fazer inúmeras referências à cultura otaku e contar com personagens que representam fielmente o seu público.

sábado, 7 de abril de 2018

Isao Takahata (1935 – 2018)


Essa semana faleceu Isao Takahata, co-fundador do Studio Ghibli e diretor de diversas animações do estúdio. Com 82 anos nas costas, era certo que isso poderia acontecer a qualquer momento, mas ainda assim é uma situação difícil, pois foi uma pessoa que influenciou diretamente a vida de todos que assistiram as suas obras, como é o meu caso. Não tem como não ficar triste.

Infelizmente, o Takahata nunca ganhou um reconhecimento internacional amplo como seu parceiro Hayao Miyazaki, mas sua importância para a indústria da animação é tão grande quanto. Se não fosse por ele ao seu lado, o Studio Ghibli não existiria. O mundo seria um lugar mais triste. Mas a influência do diretor na indústria e na vida das pessoas começou muito antes da criação do estúdio que o tornou mundialmente famoso.

domingo, 25 de março de 2018

Mary and the Witch's Flower


Em 2014 foi lançado o último filme do Studio Ghibli, As Memórias de Marnie. Por um longo período de tempo, muitos pensaram que essa realmente seria a produção final do estúdio, já que, logo após seu lançamento, eles anunciaram que dariam uma pausa de duração indefinida. Ao juntar isso à aposentadoria do Hayao Miyazaki, Marnie foi tido como a despedida desse antológico estúdio. Porém, em 2017, o que alguns suspeitavam se tornou realidade – Miyazaki abandonou a aposentadoria (pela enésima vez) e anunciou que faria um novo filme. O Studio Ghibli voltaria à vida.

Contudo, durante esse período que esteve dormente, muitos de seus funcionários saíram para se juntar a um estúdio recém-fundado pelo produtor de diversos filmes Ghibli, junto de Hiromasa Yonebayashi, diretor de Marnie. Ao anunciar seu primeiro longa-metragem, a intenção do Studio Ponoc era visível – se tornar o sucessor do Studio Ghibli. O filme em questão é Mary and the Witch’s Flower, adaptação do conto britânico The Little Broomstick de Mary Stewart, dirigido por Yonebayashi. Mas será que a produção conseguiu captar a essência mágica e inspiradora das produções do Studio Ghibli?

segunda-feira, 19 de março de 2018

Koe no Katachi


Em 2016, em meio ao sucesso estrondoso de Kimi no Na wa (Your Name), foi lançado um filme de anime que sorrateiramente foi ganhando o coração de todos aqueles que o assistiam. Seu nome é Koe no Katachi (A Silent Voice, em inglês). Eu venho falando dele há um tempo nas redes sociais, o elogiando, o indicando a amigos e expressando minha decepção com a falta de tato da Academia em não selecioná-lo para concorrer ao Oscar de Melhor Animação. Acontece que, na realidade, eu fiz isso sem tê-lo assistido.

O longa-metragem foi dirigido pela Naoko Yamada, moça essa que dirigiu K-ON! e que teve seu trabalho amplamente apreciado por minha pessoa neste texto aqui. O estúdio que o produziu foi a Kyoto Animation, o qual venho assistindo todos os seus trabalhos e escrevendo aqui no blog. É seguro dizer que criei uma confiança tão grande nessa diretora e nesse estúdio que eu pude falar do filme sem nem tê-lo assistido, pois tinha certeza de que seria uma obra linda, sensível e emocionante.


quinta-feira, 8 de março de 2018

Naoko Yamada, diretora, 33 anos

Hoje, 8 de março de 2018, é o Dia Internacional da Mulher. Geralmente neste dia eu compartilho alguma imagem relacionada ao Hayao Miyazaki e às personagens de seus filmes. Estes retratam mulher fortes e independentes, capazes de tomar suas próprias decisões e nunca mostradas como sinônimo de fragilidade, assim como acontece em muitas animações japonesas e ocidentais. Entretanto, esse ano decidi fazer algo diferente, uma breve homenagem a uma das mulheres mais importantes na indústria dos animes.


Estou falando da Naoko Yamada, diretora do estúdio Kyoto Animation, sobre o qual venho falando aqui no blog desde outubro do ano passado. Minha intenção não é escrever um texto longo sobre toda a trajetória dela como artista, caso contrário teríamos mais de 20 páginas de conteúdo. Não, a minha ideia com esse texto é apreciar o trabalho dessa mulher que em tão pouco tempo se tornou uma figura especial para mim.

sábado, 3 de março de 2018

Tamako Market / Tamako Love Story


K-ON! foi um dos trabalhos mais bem sucedidos da Kyoto Animation. O anime foi uma sensação no Japão e na internet, adquirindo uma plenitude de fãs no mundo todo. Com isso em mente, o estúdio decidiu produzir uma nova animação aos moldes desta, uma que as pessoas se interessariam ao ver uma imagem e pensar “olha, isso é igual a K-ON!”. Eles recrutaram a diretora, a roteirista e a designer de personagens e criaram uma história original, a primeira do estúdio. E assim nasceu Tamako Market, lançado em 2013.

OBS: Como esse anime foi altamente inspirado por K-ON!, no texto eu faço diversas comparações entre os dois. Apesar de não gostar muito dessa abordagem, foi a melhor maneira que encontrei para expor alguns pontos.

domingo, 11 de fevereiro de 2018

The Disappearance of Haruhi Suzumiya

AVISO: Essa é uma continuação da análise de The Melancholy of Haruhi Suzumiya. Se ainda não leu a primeira parte, clique aqui. E novamente, spoilers à frente.

"Parecer", "ter a impressão de algo"... Essa é uma palavra que usei constantemente na análise anterior. Será que meu desprazer estava me fazendo enxergar até os momentos relevantes com olhares tendenciosos? Será que algumas de minhas impressões estavam erradas ou precipitadas? Essas perguntas seriam respondidas poucos dias depois de terminar a segunda temporada, quando eu estava revoltado com a decepção que Haruhi veio a ser...


Em 2010 foi lançado The Disappearance of Haruhi Suzumiya, um longa-metragem de 2 horas e 41 minutos, o segundo maior filme animado da história. Coloque-se na minha situação: você vê que ainda falta assistir a um filme com quase TRÊS HORAS de duração de uma obra que quase chegou a odiar... É praticamente impossível você não ficar de saco cheio, certo?

Errado. Extraordinariamente errado. Eu tinha lido comentários que diziam que o filme era superior à série e como essa era apenas um aquecimento para o longa, mas não imaginei que fosse num nível tão assombroso. Esse filme é algo tão grandioso e fantástico que conseguiu mudar minha visão sobre a obra de Haruhi como um todo.

Mas o que o faz ser tão incrível assim? Como um simples filme conseguiu transformar a minha opinião de algo que eu havia desprezado? Primeiro que ele tá longe de ser apenas um s
imples filme, tanto que o assisti duas vezes em menos de 24h. Portanto, vamos entrar nos detalhes de por quê Disappearance é uma verdadeira obra-prima.

The Melancholy of Haruhi Suzumiya


A Kyoto Animation foi fundada em 1983, mas só foi produzir sua primeira série em 2003. Contudo, foi em 2006 que o estúdio se consolidou como um dos maiores de animação do Japão com uma produção que se tornou um fenômeno local e, na internet, mundial. Estou falando de The Melancholy of Haruhi Suzumiya (Haruhi Suzumiya no Yuutsu), adaptação da série de light novels do escritor Nagaru Tonigawa.

Algo a se admirar em Haruhi é a ousadia dessa adaptação. Os episódios da primeira temporada foram lançados em ordem não-cronológica, a segunda temporada tem um arco que é basicamente o mesmo evento sendo repetido em oito episódios e o filme é o segundo maior longa-metragem animado de todos os tempos com 2 horas e 41 minutos de duração. Mas será que o conteúdo da obra consegue sustentar essa ousadia?

AVISO: Essa análise contém spoilers da série inteira. Diferente da maioria de meus textos, nesse eu discorrerei diretamente sobre diversos eventos do anime. Recomendo ler apenas se tiver assistido às duas temporadas e ao filme.

domingo, 28 de janeiro de 2018

The Story of Perrine


Se você acompanha o blog há um tempo, deve ter ouvido falar sobre os animes do World Masterpiece Theater, dos quais eu fiz algumas análises aqui. Desde dezembro de 2016 que não escrevo sobre nenhum deles, visto que alguns trabalhos mais recentes chamaram a minha atenção, trocando o meu foco estrito em animações antigas.

Mas isso não quer dizer que parei de vê-los. No começo de 2017, assisti ao anime de 1978 do WMT, The Story of Perrine (Perrine Monogatari), adaptação do romance francês En Famille de Hector Malot. Lançada um ano antes de Anne of Green Gables e dois anos depois de Marco, dois trabalhos merecedores do título de obras-primas, como será que esse se compara a estes dois gigantes?

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Anseios e aspirações em A Place Further Than the Universe

Esse ano quero tornar o Goomba Reviews mais ativo. Além de termos um novo redator com o Fabiano Pandolfi, vou começar a postar outros textos além de reviews extensos, como análises breves de cenas individuais e opiniões acerca de um determinado tema de uma obra.


O texto que vos trago hoje é o primeiro destes, sobre um anime que está indo ao ar chamado A Place Further Than the Universe (em japonês Sora Yori mo Tooi Basho), que pode ser traduzido como Um Lugar Mais Longe que o Universo, do estúdio Madhouse, atualmente em seu 4º episódio. Futuramente eu farei uma análise completa, já que está se destacando em meu conceito, mas hoje quero falar de como ele aborda algo crucial a nós enquanto pessoas – as aspirações.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Classificação Etária de Videogames e Animações (E porque é tão importante que os pais a verifiquem e respeitem)

Não é a primeira vez que me deparo com a seguinte cena, e nem por isso fico menos chocado: Em uma loja de eletrônicos qualquer, um pai (ou mãe) compra para seu filho de sete anos de idade, um jogo chamado "Assassins Creed", cujo tema é assassinatos em série. O jogo esbanja conteúdo violento e sexual. Veja bem. A criança tem sete anos de idade! Acontece que existe no rótulo do jogo uma classificação etária chamada de ESRB pelos americanos, algo como "Tabela Etária para Softwares de Entretenimento", que está ali, bem visível mais precisamente na diagonal inferior esquerda. É aquele quadradinho preto e branco com um enorme M estampado que indica que o jogo é adequado para maiores de 17 anos! Falo mais sobre essa classificação adiante. 

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Nintendo Labo - Um risco muito bem-vindo!




Eis que a Nintendo avisa seus fãs que fará um anúncio importante durante a noite. Todos ficam empolgados! O que será? Mario? Zelda? Pokémon no Switch? Metroid?
A hora mais aguardada do dia para todo bom Nintendista finalmente chega e o que vemos é COMPLETAMENTE DIFERENTE do que qualquer um poderia estar esperando. A reação foi imediata: O Nintendo Labo dividiu o público rapidamente. Alguns ficaram apaixonados, outros, extremamente raivosos, prontos para atear fogo no Shigeru Miyamoto vivo envolto em um manto de papelão. Vamos agora analisar essa nova ideia da Big N.

domingo, 14 de janeiro de 2018

Miss Kobayashi's Dragon Maid


Um dos animes mais comentados de 2017 foi o segundo mais recente da Kyoto Animation, chamado Miss Kobayashi's Dragon Maid. Aclamado pela crítica e público, também se tornou sensação na internet com inúmeros memes feitos em cima do trabalho. Mas sucesso não é garantia de qualidade pra mim.

Algo me deixava incerto se deveria assistir a essa série. Grande parte da exposição que recebia era devido ao seu conteúdo de fanservice e estereótipos. Me passou a impressão de que o humor era centrado somente nestes elementos e que era apenas um anime bobinho de comédia sem nenhuma sustância, feito para atrair a nata do público otaku. Contudo, decidi assisti-lo para tirar minhas próprias conclusões.

domingo, 7 de janeiro de 2018

Vini64's Weeb Awards - 1ª Edição (2017)

Em 2017 assisti a diversos animes, dos quais alguns deixaram grandes marcas em minha pessoa. Seguindo o exemplo de uma ilustríssima amiga, decidi fazer uma premiação a fim de prestigiar essas obras. Portanto, sejam bem-vindos à edição inaugural do...

VINI64’S WEEB AWARDS!!!

Sim, quero iniciar desse jeito bem brega :P
Primeiro de tudo, listarei aqui todos os animes que assisti em 2017, em ordem de lançamento. Os nomes em itálico são filmes.

[1960] 1. Saiyuuki
[1978] 2. Perrine Monogatari
[1992] 3. Yu Yu Hakusho [DROPEI]
[1995] 4. Ghost in the Shell
[1995] 5. Neon Genesis Evangelion
[1997] 6. Neon Genesis Evangelion: Death & Rebirth
[1997] 7. The End of Evangelion

[1998] 8. Sakura Card Captors
[1999] 9. Sakura Card Captors Filme 1
[2000] 10. Sakura Card Captors: A Carta Selada

[2000] 11. FLCL
[2006] 12. The Melancholy of Haruhi Suzumiya (1ª temporada)
[2007] 13. Evangelion: 1.0 You Are (Not) Alone
[2008] 14. Kaiji (1ª temporada)
[2009] 15. K-ON! (1ª temporada)
[2009] 16. Evangelion: 2.0 You Can (Not) Advance
[2009] 17. The Melancholy of Haruhi Suzumiya (2ª temporada)
[2010] 18. K-ON!! (2ª temporada)
[2010] 19. The Disappearance of Haruhi Suzumiya
[2011] 20. Kaiji (2ª temporada)
[2011] 21. Nichijou
[2011] 22. K-ON! Movie
[2012] 23. Inferno Cop
[2012] 24. Chuunibyou demo Koi ga Shitai!
[2012] 25. Evangelion: 3.0 You Can (Not) Redo
[2013] 26. Little Witch Academia (OVA)
[2013] 27. Kill la Kill
[2013] 28. Yama no Susume (1ª temporada)
[2014] 29. Yama no Susume (2ª temporada)
[2014] 30. Chuunibyou demo Koi ga Shitai! Ren
[2015] 31. Little Witch Academia: The Enchanted Parade
[2016] 32. Boku no Hero Academia (1ª temporada)
[2016] 33. Space Patrol Luluco
[2016] 34. Amaama to Inazuma [DROPEI]
[2016] 35. In This Corner of the World
[2016] 36. Kimi no Na wa

[2017] 37. Little Witch Academia (TV)
[2017] 38. Miss Kobayashi’s Maid Dragon
[2017] 39. Boku no Hero Academia (2ª temporada)
[2017] 40. Made in Abyss
[2017] 41. Sakura Card Captors: Sakura and the Two Bears (OVA)


Agora, aos meus cinco favoritos dentre todos que listei.