domingo, 16 de fevereiro de 2020

Haruka Amami e o anseio pela felicidade (The iDOLM@STER)


Nos minutos finais do primeiro episódio de The iDOLM@STER, a seguinte pergunta é feita às garotas da agência 765 Production: "O que é uma idol para você?". As respostas variam de pessoa a pessoa, mas todas respondem com os seus anseios diante da profissão. Para a Makoto Kikuchi, ser uma idol talvez possa trazer o seu lado feminino à tona; para a Yukiho Hagiwara, é a possibilidade dela se tornar uma versão melhor de si própria; a Iori Minase acredita que isso fará com que as pessoas a respeitem; a Yayoi Takatsuki quer ajudar sua família com o dinheiro que receber; a Chihaya Kisaragi apenas deseja cantar e nada mais…

Já a resposta de uma certa garota é bem simples: ser uma idol é um sonho. Ela não elabora qual o propósito desse sonho, o que deseja ao se tornar uma idol, apenas que é algo que carrega consigo desde criança. Para ela, neste momento, essa é uma resposta concreta. É um sonho que está determinada a tornar realidade. No entanto, não é uma resposta concreta. A sua jornada em perceber qual o verdadeiro sentido de seu sonho foi o que fez a Haruka Amami se tornar uma das minhas personagens favoritas de qualquer obra audiovisual.

sábado, 18 de janeiro de 2020

Minha década com os animes: uma retrospectiva



Em 2014, a minha vida mudou. Um novo horizonte se abriu diante de meus olhos e me guiou em direção a um caminho repleto de luz e felicidade. Foi o ano em que fui introduzido ao mundo dos animes. Parece brega pra cacete dizer isso, além de me fazer soar como um otaku fedido, mas é a pura realidade. O impacto que diversos animes tiveram em minha vida é imensurável e moldaram a quem sou hoje. Acho que é normal você ver um adolescente edgy que assistiu Tokyo Ghoul e Death Note falar algo parecido, mas isso está vindo da boca de alguém que começou a assistir animes com 18 anos.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Vini64's Weeb Awards - 3ª Edição (2019)

Bem-vindos à terceira edição da minha premiação aos animes que assisti em determinado ano! Dessa vez não há muito o que celebrar, porque assisti pouquíssima coisa em 2019 em relação aos anos anteriores, especialmente no que se diz respeito a trabalhos lançados no ano em questão, pois assisti apenas três animes de 2019. Não gosto de admitir, mas esse foi um ano marcado por muita preguiça, em todos os sentidos. Assisti poucos animes, não pratiquei música o tanto quanto deveria e escrevi pouco para o blog, apesar de ter começado o ano a um ritmo incrível, postando textos toda semana durante sete semanas.

Além disso, esse foi o ano em que aconteceu o terrível incidente no estúdio principal da Kyoto Animation, um incêndio criminoso que consumiu o prédio inteiro, tirou a vida de 36 animadores e feriu outros 40. Isso me abalou profundamente e até hoje tenho dificuldade em acreditar que algo inimaginável assim realmente aconteceu com o estúdio que produziu alguns dos trabalhos mais importantes da minha vida e que se tornou a minha maior fonte de felicidade.

Foi possivelmente o evento que mais me afetou desde a morte do meu pai. Contudo, mesmo diante de tamanha adversidade, a KyoAni está se recuperando a um ritmo incrível, um lampejo de esperança que aos poucos se transforma em uma luz radiante. Já voltaram a produzir o filme de Violet Evergarden e retomaram as atividades de sua escola que capacita animadores novatos. A ferida causada pelas mortes jamais será curada por completo, mas seus legados estão eternizados em obras que tocaram o coração de milhares de pessoas.

quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Amor, Chuunibyou e Cinco Motivos


Quando você consome qualquer tipo de mídia, existe algo que acontece com frequência que é se apaixonar. Por exemplo, logo após assistir uma série, você começa a falar a seu respeito sem parar. Se sente como se nunca houvesse amado algo tanto quanto estava amando aquilo naquele momento. Mas depois de algumas semanas ou meses enchendo o saco de seus amigos com postagens no Face sobre tal série, a paixão começa a desaparecer e seu interesse diminui consideravelmente.

Não dá pra negar que isso acontece com muitos de nós. Comigo mesmo isso aconteceu com trabalhos como Neon Genesis Evangelion (meu review), o único anime que reassisti logo após assistir a primeira vez de tanto que gostei, e com Sakura Card Captors, que até me dói o coração dizer, porque minha paixão de um pouco menos de um ano por essa série foi uma das mais intensas, tanto que encerro minha análise dizendo que não queria que a estrela da Sakura parasse de brilhar para mim.....algo que infelizmente aconteceu. Não é que eu tenha deixado de gostar deles, só não sou mais apaixonado.

segunda-feira, 15 de julho de 2019

Sora no Woto


Um dos animes mais influentes dessa década foi K-ON!. Seu sucesso tremendo deu origem a uma legião de animações que se inspiraram ou até mesmo copiaram seu estilo, seja tematicamente ou visualmente. Algumas foram bem sucedidas, outras nem tanto, mas pouquíssimas conseguiram capturar a essência humana e genuína da obra de Naoko Yamada.


Em 2010, quando a 1ª temporada de K-ON! estava em seu auge, o estúdio A-1 Pictures lançou uma animação chamada Sora no Woto (conhecida em inglês como Sound of the Sky). Muitas pessoas a receberam como a resposta desse estúdio ao anime da Kyoto Animation, devido às diversas similaridades - um anime sobre música, com um grupo de cinco garotas fofas que fazem coisas fofas e um character design quase que idêntico. Contudo, as semelhanças estão só na superfície, porque os dois trabalhos são menos parecidos do que se aparenta.

domingo, 28 de abril de 2019

Mirai no Mirai


Aqueles que acompanham o blog há alguns anos sabem como a minha porta de entrada ao mundo dos animes foi o Studio Ghibli. Assisti a todos os filmes do estúdio em apenas uma semana. Fiquei encantado. Queria encontrar outros trabalhos similares. Foi aí que me deparei com o seguinte nome: Mamoru Hosoda. Os três primeiros filmes autorais dele conseguiram saciar essa minha vontade, pois são tão encantadores quanto grande parte da filmografia Ghibli, especialmente Wolf Children e A Garota Que Saltava no Tempo, sobre o qual escrevi aqui em 2016.


Porém, o quarto filme do diretor, The Boy and the Beast, se mostrou uma decepção. Nada memorável, tanto que eu precisaria reassisti-lo para criticá-lo, porque parece que foi apagado da minha memória. Ano passado foi lançado seu novo filme, Mirai no Mirai, que inclusive foi indicado ao Oscar de Melhor Animação, apesar desse feito não ser exatamente um mérito, já que estamos falando da mesma premiação que indicou O Poderoso Chefinho ao invés de Koe no Katachi (meu review). Com um pouco de receio, comecei a assistir Mirai na esperança de ver o retorno de Hosoda à glória dos seus primeiros trabalhos.

domingo, 21 de abril de 2019

Tsurune


Quando o assunto é Kyoto Animation, a primeira coisa que vem à mente das pessoas são garotas fofas em um ambiente escolar, o que atrai uma audiência enorme por default. A única exceção é Free!, anime com rapazes sarados que praticam natação, também um grande atrativo a um certo público. Porém, o trabalho mais recente do estúdio, chamado Tsurune, traz protagonistas masculinos não tão atraentes (se comparados com os de Free!) que participam de um clube de arquearia, esporte pouco popular no ocidente.

Essa fórmula do fracasso veio à fruição quando o anime foi ao ar e quase não se via comentários a seu respeito na internet. De acordo com o MyAnimeList, é a série menos assistida da KyoAni. Mas o simples fato do trabalho fugir dos padrões do estúdio não deveria ser considerado um demérito, afinal, é sempre refrescante ver novos horizontes explorados, sem contar que popularidade tá longe de ser sinônimo de qualidade. Portanto, como um enorme fã da Kyoto Animation, comecei Tsurune com boas expectativas.